sábado, 9 de novembro de 2013

Do outro lado da 13



Todos os aracajuanos e grande parte dos sergipanos tem conhecimento que a cidade de Aracaju, principalmente os bairros da zona sul (exemplo da Coroa do Meio, 13 de Julho, Jardins e etc.), foram construídos sobre áreas de manguezal e de apicuns. Bom, isso tudo foi feito antes de temos leis especificas do Meio Ambiente e que trata das Áreas de Preservação Permanente-APPs.

No final da década de 80 foi construído o molhe da Coroa do Meio em Aracaju para conter a erosão causada pela força das marés, porém para manter o equilíbrio também foi construído um molhe no lado norte da foz do Rio Sergipe em Atalaia Nova. Segundo Ortiz (2002), a fisiografia (aspectos geológicos) da atual praia de Atalaia Nova NÃO constitui uma paisagem natural, pois resultou de uma intervenção antrópica (ação humana) ocorrida há menos de duas décadas (a partir de 1990): a implantação de um molhe rochoso, construído como parte de um conjunto de obras projetadas para conter os processos erosivos verificados na Coroa do Meio e estabilizar sua foz.  

Atalaia Nova tinha cerca de 500 metros de praia nas margens do rio Sergipe, existiam pontos em que a distância percorrida para chegar até a praia era de 200 metros da Avenida Oceânica/Rio Sergipe, isso no ponto próximo a foz, hoje o mar banha essa avenida. Por ter essa distância "segura" alguns moradores acharam que o mar não iria voltar nesse século, pois na praia já havia formação de muitas dunas e de vegetação de restinga, porém com essa falsa segurança muitos construíram bares e casas sobre o molhe. Aconteceu o que os moradores não esperavam, pois, desde o ano 2000 até o corrente ano (2013) o  mar  veio e vem ocupando o espaço que era dele, chegando até o ponto onde o molhe estava, ponto esse que estava soterrado pelas areias que acumularam por conta do vai e vem do rio.

Abaixo imagens do avanço do mar

Antes do avanço do Mar
Imagem: Google maps

Depois do avanço do Mar
Imagem: Google maps

Vou apresentar registro fotográfico da Av. Oceânica desde 2010, na qual se encontra o bloqueio feito pelo homem para conter o avanço do mar. Na foto "1" nota-se a exposição do molhe, mostrando regiões que tinham muitas pedras subterradas, deixando moradores assustados, porque tinham bem de frente a casa, menos de 10 metros, um mar que oscilava de acordo com a lua, além de ser muito instável. 


Foto 1: Vista do final de linha da Atalaia Nova
Foto tirada em Novembro de 2010

No ano de 2011 o mar já lavava a avenida Oceânica e batia forte nas casas, ameaçando a casa que o governador em exercício Jackson Barreto tem em frente a praia. Com medo de  maiores danos e da perda do valor do imóvel foi colocado mais pedras para impedir o avanço do mar.

A foto "2" e "3" mostram os estragos causado por esse avanço.



Foto 2:  Mureta, calçada e coqueiro derrubado pela força do mar.
Foto tirada em setembro de 2011


Foto 3: Casas destruídas e pedras espalhadas ou expostas pela ação do mar.  
Foto tirada em setembro de 2011


Vale lembrar que essa revirada do mar, por coincidência ou não, começou em 2008 após a colocação de mais pedras no bairro Coroa do Meio, pois na maré de março e na ressaca que aconteceu em outubro de 2007 o mar destruiu bares na Praia do Meio e parte da praça de eventos na Orla de Atalaia (Aracaju).
"A maré de março veio mais alta que o habitual esse ano, e surpreendeu os comerciantes da Orlinha de Atalaia. No início do mês o mar avançou sobre as barracas e começou a arrastá-las, destruindo muitas delas. Os donos do bar esperam agora a maré baixar pra avalizar os prejuízos. (22/03/2007)Portal Infonet.
"O mar avançou mais uma vez na Orla de Atalaia, e destruiu parte da calçada da praça de eventos. Para tentar proteger o estacionamento do local o Departamento Estadual de Habitação e Obras Públicas (Dehop) colocará pedras de contenção na beira da praia. (25/10/2007)Portal Infonet.

Foto 4: Jovens esperando as ondas baterem nas pedras para banhá-los 
Foto tirada em março de 2012


Na foto "4" acima, temos parte do molhe e  mostra que a avenida Oceânica era intransitável para qualquer tipo de veiculo, até mesmo bicicletas.

No inicio de 2013, o Governo de Sergipe começou a colocar mais pedras no molhe da Atalaia Nova para minimizar os impactos causados pelo mar, aproveitando para  também fazer uma avenida transitável, onde há muitos anos não passava veiculo.


Foto 5: Pedras recém colocadas 
Foto tirada em fevereiro de 2013

Bom, eu vejo isso como um verdadeiro trabalho de "português", depois da primeira maré alta, parte da pista foi junto com as ondas. Não sei qual foi o estudo feito para se fazer tanta "cagada" numa obra só.


Foto 7: Parte da avenida Oceânica comprometida.
Foto tirada em fevereiro de 2013


O "problema" do avanço do mar ainda existia e atrapalhava os interesses de muita gente que tinham imóveis em frente a praia. Chega o mês de março, junto com ele o mar mais alto e violento, mesmo sabendo disso, foi colocado mais barro, brita e asfalto na avenida Oceânica, colocaram também uma espécie de rede para conter a retirada de sedimento da avenida.

Foto 8: Maré de Março quebrando nas pedras e nas costas dos bares que ficam no final de linha.
Foto tirada em março de 2013



Foto 9: Avenida Oceânica molhada pela maré de março.
Foto tirada em março de 2013


 Na foto "10" logo abaixo, imagem mais recente, mostra o mar quebrando levemente nas pedras e mostra também a situação da avenida.



Foto 10:  Maré alto
Foto tirada em outubro de 2013


Deixando de lado os danos materiais causados pela alteração que o homem fez na natureza, vou mostrar o que essa manipulação ambiental causou ao meio ambiente e os impactos negativos.

Acho que muitos não vão ler até esse ponto, talvez possa estar enganado e vão ficar interessados e lerão até o final, assim espero. Eu quero, com essa postagem mostrar os danos causados a médio e longo prazo, e que essas mudanças  no bairro Coroa do Meio, junto com a intervenção antrópica local, quase mataram um manguezal localizado em Atalaia Nova, atrás da comunidade de Atalainha. Falarei sobre esse mangue em outra postagem. -->Assoreamento do riacho de Atalaia Nova

Preocupado com as obras do Bairro 13 de Julho, pois a prefeitura de Aracaju pretende invadir o rio Sergipe para dar procedimento a uma obra "politiqueira". Não serei egoísta para dizer que não tem que fazer nada na 13 de Julho para conter o avanço do mar, acho que tem que ser feito algo sim, mas fazer como eles querem, não dá! Pois eles querem entrar 40 metros para dentro do rio Sergipe. Isso vai causar um enorme impacto, não só em Atalaia Nova como também em outras regiões ao longo do rio.

Porque obra "politiqueira"? Essa obra foi apresentada em setembro do ano passado pelo então prefeito Edvaldo Noqueira.


Foto 11: Edvaldo Nogueira apresentando aos aracajuanos um projeto de defesa litorânea para contenção da maré.
Foto de César de Oliveira tirada em setembro de 2012



"Para acabar com os transtornos causados pelo avanço do mar, no calçadão da 13 de Julho, o prefeito Edvaldo Nogueira apresentou aos aracajuanos um projeto de defesa litorânea para contenção da maré. Na ocasião, Edvaldo reuniu técnicos e a imprensa. A área corresponde a uma faixa que vai desde o Mirante da 13 até o Iate Clube de Aracaju. (28/09/2012)"E-aju
"A Prefeitura de Aracaju iniciará definitivamente a obra de revitalização da balaustrada, o que na prática representará o aterramento de 40 metros do rio Sergipe; após a área ter sido cercada com uma rede de proteção, centenas de pedras estão sendo depositadas na tentativa de a prefeitura agilizar o início do serviço...(07/11/2013) "Sergipe 257.


Foto 11: Mar quebrando na Balaustra da Avenida Beira Mar 
Foto tirada em novembro de 2013


Visto tudo isso que aconteceu com o depósito de pedras na Coroa do Meio, entrar 40 metros no rio Sergipe causará um impacto terrível ao meio ambiente ou não?


De um lado, o mar invade ruas e destrói casas e bares, do outro lado o mar deixar de manter a vida  no manguezal. 



Em  minhas caminhadas pelo manguezal no final do ano passado, notei que a água que ali tinha não escoava e notei também que o mangue estava muito seco. Fui até a entrada do rio que irrigava o  mangue pra ver o que estava acontecendo, percebi que a boca do rio estava  assoreada.

O mangue sem ligação com as águas do mar deixa de cumprir seu papel fundamental que é de fornecer nutrientes para muitas espécies marinhas costeiras.


Foto 12: Foz do rio que irriga o mangue em Atalaia Nova
Foto tirada em outubro de 2012


Apresentei minha indignação e minha preocupação aos amigos do facebook, também na época conversei com o vereador de Barra dos Coqueiros Wilson Bernardes, a respeito da situação do mangue. Marcamos de ir ao mangue pra ele ver com os próprios olhos como estava e o que poderia ser feito dentro das possibilidades. Prometeu falar com o responsável de um empreendimento para que esse emprestasse uma retroescavadeira para abrir a boca do rio no período de maré grande.

Nosso passeio pelo mangue aconteceu no mês de novembro do ano de 2012, fomos até o interior do manguezal, chegando lá fiquei muito impressionado como tinha muita vida, muitas pegadas de animais, não tinha cheiro de podre e as árvores estavam produzindo muitos frutos. A região parecia que a muito tempo não era penetrada.  

Entramos no ano de 2013 e nada nos dois primeiros meses foi feito, a nova gestão assumiu a prefeitura daquele jeito, cheia de promessas. Começa então o período chuvoso, depois de dias a quantidade "muriçocas" aumenta de forma anormal. O mangue estava cheio de água empoçada, as águas da chuvas corriam para o mangue. Pena que não era só a água da chuva que fazia esse trajeto, muitas casas em Atalaia Nova despejam seus esgotos no mangue.

A administração local se viu na obrigação de tomar uma medida, aquela situação poderia causar sérios riscos à saúde, além do incômodo dos mosquitos. No mês de março começou a cavar a entrada do rio para pegar a maré alta.



Foto 13: Entrada da foz do rio sendo aberta pela mãos do homem 
Foto tirada em março de 2013 



Foto 14: Obra quase concluída  
Foto tirada em março de 2013  



Chega então o mar tão esperado para dar vazão as águas da chuvas, como também para oxigenar o mangue que há muito não via a água salgada, sem falar que também muitas espécies deixaram de completar parte do ciclo natural, a exemplo de peixes e alguns crustáceos


Foto 14: Foz aberta
Foto tirada em março de 2013

Esse tempo de água parada trouxe algumas consequências: caranguejos mortos, muitos caranguejos atordoados na beira da praia, encontrei muitas fêmeas caminhando perdidas e fracas, pois fazia um bom tempo que o mar não entrava no rio e o caranguejo acompanha o ciclo das águas e da lua. O manguezal estava coberto de barro, não parecia ter tanta vida, tava muito feio e diferente daquele que tinha visto em novembro com o vereador. Tinha criado um tipo de camada amarela no solo e nas árvores, esse barro foi escoado para dentro pela chuva, o barro é proveniente de uma pista antiga que fazia a ligação entre Atalaia Nova e Barra dos Coqueiros.

Foto 15: Pés de manguezal cobertas de barro
Foto tirada em março de 2013



Foto 16: Caranguejo morto coberto pelo barro. 
Fato tirada em março de 2013



Foto 17: Caranguejo fêmea caminhando nas margens do rio Sergipe.
Foto tirada em março de 2013

Quase ia esquecendo, o mangue em questão desemborca em frente a praia formosa, ai eu pergunto; será mesmo que a equipe do prefeito João Alves fez o estudo de impacto ambiental? Essa ocupação irregular do rio Sergipe vale apena? Quanto vale um mangue? Quanto as consequências futuras, quais serão os danos pela morte desse mangue?

Eu sei de muita gente que iria adorar a morte do mangue em questão, os empreendedores da especulação imobiliária  iam cair mantando e agregando valor a bem comum, Atalaia Nova iria se tornar uma nova 13 de Julho ou novo bairro Jardins, bairros construídos sobre o mangue com a conivência dos governos municipal e estadual.

Abertura da entrada do mangue aconteceu no incio deste ano, estamos no final dele, será que continua a mesma coisa? Será que o fluxo do rio existe ? Como anda a boca desse rio?

Bom, estive lá no inicio desse mês para ver como tava a boca do rio, notei que ele mudou o percurso e que estava assoreando novamente aos poucos. A intenção do vereador foi boa, mas parece que não resolveu o problema a longo prazo. Acho que o mar está recusando o mangue.


Foto 18: Boca do rio que irriga o mangue
Foto tirada em novembro de 2013


As obras de invasão do rio Sergipe vão começar nesta segunda-feira, 11 de novembro de 2013.
Pedras foram colocadas, agora é só esperar as consequências desse empreendimento politiqueiro.

Proposta da obra no ano de 2012

"O novo ponto turístico terá ciclovia, calçadão, pier, lago com túnel d´água e deque, equipamentos de ginástica específicos para idosos, pergolados, ponto de ônibus, redários, quiosques, paisagismo, iluminação, acessibilidade, estacionamento e sinalização. Além das amplas áreas de vivência (com mesas e bancos), de contemplação, de recreação infantil com castelo encantado e esportiva com calçadão. (28/09/2012) " E-aju



Foto 19: Pedras sobre a avenida Beira Mar, bairro 13 de Julho Aracaju
Foto tirada em novembro de 2013


Agradeço a atenção e a leitura de todos, espero ter passado meu ponto de vista nessa postagem.

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Comentários
44 Comentários

44 comentários:

  1. Parabéns amigo Rafael belo texto e belas fotos

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    1. Valeu amigo, muito obrigado pela paciência de ler e de ver todas essas fotos.

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  2. Bom documento (texto e fotos). Parabéns!
    Veja: http://recursosnaturais-se.blogspot.com.br/

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  3. Texto interessante, mas faltou explicar pq esse nova obra é politiqueira. Qual seria a solução para o problema, -- se é que entendi corretamente --, da invasão das águas ali na 13 de Julho.

    Abs.

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    1. Entendo sua indignação sobre o termo " Obra politiqueira" . Minha intensão nessa postagem não é menospreça o prefeito e as intensões dele. Essa obra foi apresentada no final do ano passado pelo ex-prefeito Edvaldo Nogueira.
      Como em muitas obras recém terminadas e que estão no projeto, João quer aparecer nas mídias como que fez.

      Matéria do ano passado.

      Para acabar com os transtornos causados pelo avanço do mar, no calçadão da 13 de Julho, o prefeito Edvaldo Nogueira apresentou aos aracajuanos um projeto de defesa litorânea para contenção da maré. Na ocasião, Edvaldo reuniu técnicos e a imprensa. A área corresponde a uma faixa que vai desde o Mirante da 13 até o Iate Clube de Aracaju.
      Leia a matéria completa
      http://aracajuqualidadevida.blogspot.com.br/2012/09/projeto-de-contencao-da-praia-13-de.html

      Soluções:
      Dragagem do rio Sergipe,
      No caso da 13 dragagem do rio Poxim
      Fazer um recuo menor, de 40 para 5 metros, não é pra conter a água! Pra quer 40 metros?
      Já sei pra que 40 metros: pra fazer estacionamentos para o pessoal do Iate, das acadêmias que tem na 13 e para quem vai na no calçadão caminhar? E como fica as consequências para quem mora do outro lado? Um estacionamento vale mais que a NATUREZA?

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  4. Muito bom mesmo! deu uma sumida produtiva, parabéns!

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    1. Eu dei tempo no facebook, estou usando mais no twitter --> https://twitter.com/

      Valeu pelo agradecimento! Forte Abraço Felipe.

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  5. Grande Rafael, parabéns pelo texto.

    Gostaria de lhe solicitar autorização pra colocar na Revista REVER (www.revistarever.com)

    Me adiciona no facebook, caso tenha interesse em publicar por lá. Esse tema já foi abordado em outros dois textos, mas o seu tá de altíssimo nível e responsabilidade.

    Parabéns mais uma vez!

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    1. Muito obrigado pela oportunidade, não sei se meu texto está altura de uma revista, fiquei surpreso com a solicitação, mas pode ficar a vontade.
      Deixe de lado muitas informações e detalhe, queria fazer duas postagens, uma pra apresentar os danos causados no passado e outra para mostrar a situação do mangue.
      Estou sem facebook, dei um tempo por lá, mas estou no twitter no momento. -->https://twitter.com/Rafael_BarbosaS

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  6. A atenção dada ao nosso rio - por você - é formidável. Massa, Rafael!

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    1. Muito obrigado pelo reconhecimento, sou apenas um morador da Atalaia Nova, que vivi minha infância brincando no mangue.
      Mangue que gostaria de levar meu filho ( se tiver um, se não meus sobrinhos).

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Parabens Rafael pelo trabalho exposto.

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    1. Agradeço o reconhecimento, apenas faço minha parte como morador de Atalaia Nova preocupado com o futuro da ilha.

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  10. Parabéns Rafael, pelo texto!
    Também acho que temos que dragar o rio, refazer canais que estão aterrados, inclusive o da treze que está completamente aterrado!
    No máximo que esta obra poderia ser feita são os espigões de pedra para amortecer, mas não aterrar como pretendido pela PMA.
    Abraço

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    1. Como comentei, esses 40 metros vai trazer muitas vagas de estacionamentos na 13, além de lazer. E como fica o outro lado?
      Os governantes querem mostra uma Aracaju bonita pra turista ver.

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  11. Caro Rafael, sua pesquisa está rigorosamente bem fundamentada e na minha ótica, deveria ser encaminhada para os setores envolvidos, pois representa um alerta em defesa do meio ambiente. Gostaria de ter a sua autorização para postar na Barronline. Parabéns!

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  12. Parabéns Rafael. As soluções apresentadas por você são as ideais.
    "Soluções:
    Dragagem do rio Sergipe,
    No caso da 13 dragagem do rio Poxim
    Fazer um recuo menor, de 40 para 5 metros, não é pra conter a água! Pra quer 40 metros?
    Já sei pra que 40 metros: pra fazer estacionamentos para o pessoal do Iate, das acadêmias que tem na 13 e para quem vai na no calçadão caminhar? E como fica as consequências para quem mora do outro lado? Um estacionamento vale mais que a NATUREZA? "


    Muito bom parabéns mesmo!

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  13. Rafael, seu documento é de extrema importância, estivemos no domingo dia 10/11/2013 reunidos, Sup Amigos e Ciclo Urbano reivindicando ações de revitalização do Rio Poxim, eu não tinha conhecimento total dos problemas, ao meu ver era apenas a poluição, mas ao ler seu post me preocupo mais ainda percebendo que estão matando esse belíssomo estuário.

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    1. Toda ação do homem, causa um reação, as vezes essa reação é a longo prazo...

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  14. Rafael fez um excelente relato, associando as imagens à conjuntura política. Temo que grande parte da população não enxergue as entrelinhas do texto. Muito menos o atual e ganancioso governante municipal (JAF).

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    1. Obrigado! Bom eu acho que muitos vão entender sim, eles podem não aceitarem por motivos particulares.

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  15. Parabéns Rafael. Assim como você passei minha infância na atalaia nova e pude verificar in loco essas mudanças. Pena que o prefeito não está interessado em dados técnicos ou no meio ambiente, apenas em angariar votos.

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    1. Muito obrigado! Sem pre que posso vou dar uma olhadinha no rio pra ver como estão as coisas, ainda moro lá!

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  16. Outra coisa ridícula, além da alucinação dos governantes, em acreditarem que vão conter o avanço do mar, são as faixas nas janelas dos ricos da 13, onde eles protestam, dizendo que Rua (não lembro o nome), não é avenida. Esta obra é apenas para agradar os moradores da 13, incomodados com o desvio no trânsito que aumentou o fluxo de carros nessa rua das faixas. A população deveria esquecer a pista interditada e se conformar com a nova rota, os impactos ambientais negativos desse louco aterramento do Rio Sergipe, serão bem piores do que os atuais que a região enfrenta.

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  17. RAFAEL. VALE RESSALTAR QUE EXISTE UM MOVIMENTO NATURAL DAS CORRENTES MARINHAS. É O QUE ACONTECE EM OUTROS ESTADOS NORDESTINOS COMO PERNAMBUCO; ALAGOAS; SERGIPE. AQUI, NO CABEÇO, PIRAMBU, PRAIA DOS ARTISTAS, ARUANDA, CAUEIRA, ABAÍS, SACO É POSSÍVEL VER LOCAIS ONDE O MAR "COME" CERTOS LOCAIS E QUESTÃO DE 200 M ADIANTE CONTINUA INTACTO. EM CONVERSAS COM MORADORES MAIS ANTIGOS DE CERTAS LOCALIDADES ESCUTAMOS RELATOS SOBRE A FORMAÇÃO DE PRAIAS ONDE NÃO EXISTIAM E HOJE O MAR ESTÁ ENGOLINDO ESTAS PRAIAS.

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    1. Sei da existências das correntes maritinhas, mas muitas das mudanças que acontece no rio Sergipe é consequência da ação humana.

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  18. Muito bom o texto e as informações. Contribui bastante para a discussão. Grande abraço.

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  19. A postagem aqui se refere à um estudo ambiental que deveria muito ser respeitado e levado em consideração a favor da preservação do meio ambiente. Quase que exterminaram a natureza por obras politiqueiras, entendo muito bem essa definição do autor. Não seria hora, mesmo que um pouco tarde, de salvar a natureza do que continuar com obras para a destruição da mesma em prol de conceder mais terrenos para a Celi e norcon construírem suas mansões!?? O dano ja foi feito, devem existir tantas áreas para essas construções de expansão da cidade. Devido aos problemas que o mundo enfrenta hoje pela intervenção do homem na natureza, seria muito mais sensato tentar preservar e respeitar a natureza existente no local. Mas também estamos falando de uma cidade que não preza muito pela conservação ambiental. Um lugar onde é quase inexistente arborização e o pouco verde que existe é desmatado. Tem muita coisa errada infelizmente. Espero que a sua matéria tenha algum impacto positivo, antes que seja tarde demais. Parabéns pelo seu trabalho e preocupação. Um artigo como esse não tem que ser considerado um 'ótimo artigo científico'' como muitos elogiaram aqui, mas sim um alerta para um problema muito grave que exige atenção ee solução.

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    1. Muito obrigado pela intervenção Vanessa!
      Essa obra exige muita atenção mesmo, passei na lá na foz do riacho hoje e ela esta assoreada!

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