terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Assoreamento da foz do Rio Poxim.

Não estão vendo ou não querem ver.

O assoreamento é um fenômeno muito antigo e existe há tanto tempo quanto existem os mares e rios do planeta. O Assoreamento é um termo equivalente a "obstrução", só que comumente aplicado a cursos d'água, sendo um produto direto da erosão dos solos.

Muitos se preocupam com as nascentes dos rios e esquecem de todo seu trajeto até a foz.

Os governos são coniventes (falta de fiscalização) com a retirada das matas ciliares e a população é pouco instruída(ou não) quanto a importância dessas matas para manutenção do rio. O homem vem acelerando este antigo processo através dos desmatamentos,  desbarrancamentos e outras ações que acabam por expor as áreas à erosão, a construção de favelas em encostas que, além de desmatar, tem a erosão acelerada devido à declividade do terreno. 

Entre a elipse vermelha é visível o acumulo de areia na foz do Rio Poxim.
Foto tirada no dia 22 de dezembro da ponte que liga a 13 de Julho a Coroa do Meio.


Entre a elipse vermelha é visível o acumulo de areia na foz do Rio Poxim. na imagem acima dentro do circulo temos dois pescadores.
Foto tirada no dia 27 de dezembro da ponte que liga a 13 de Julho a Coroa do Meio.

O assoreamento não chega a estagnar um rio, ao contrário, provoca assim por dizer a sua fúria natural, pois o rio reclama seu leito que lhe foi tirado, como alerta Jorge Paes, o que costuma a mudar drasticamente seu rumo. O assoreamento pode acabar criando lagos em lugares não devidos, como os espaços urbanos.

A foz do rio Poxim tá tão assoreada que é possível  pescar no meio dela com a água no joelho.


Pescadores na foz do rio Poxim.
Foto tirada no dia 27 de dezembro da 13 de Julho.

Pescadores na foz do rio Poxim.
Foto tirada no dia 27 de dezembro da 13 de Julho.

O rio Poxim encontra-se na porção Leste do Estado de Sergipe, abrangendo parte dos Municípios de Itaporanga d'Ajuda, Areia Branca, Laranjeiras, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Aracaju. Recebe as águas dos rios Poxim-Mirim, Poxim-Açu e Pitanga (Revista Árvore). Com nascente no Povoado Cajueiro no município de Areia Branca (rio Poxim-Açu) e tem sua desemborcadora entre os bairros 13 de Julho e Coroa do Meio em Aracaju.

Acumulo de areia na foz do Rio Poxim.
Foto tirada no dia 22 de dezembro da Av. Beira Mar, bairro 13 de Julho

O rio Poxim além de ter sua vazão reduzida por conta do represamento das águas que irá abastecer a cidade de Aracaju pelos próximos 30 anos, sofre um grave processo de degradação( esgoto e lixo despejados), dos bairros que margeiam seu leito ao passar por Aracaju. São eles; São Corando, Inácio Barbosa, Sol Nascente e Santa Lucia, além de uma construção irresponsável na foz (aterro do rio) pela prefeitura de Aracaju. Também tem o processo natural de migração dos sedimentos(areia) pelo fluxos das águas do  rio Sergipe, tirando de uma região e levando pra outra, o que aconteceu no leito da praia do bairro 13 Julho e em outras áreas do leito do rio Sergipe.

Isso deve explicar o avanço do mar sobre a avenida Beira Mar!

Estou na luta com o Fórum em Defesa da Grande Aracaju contra o Aterro do Rio Sergipe


Atalaia Nova vista da 13 de Julho
Foto tirada no dia 22 de dezembro 
Essa postagem é pra expor minha preocupação, visto que a mudança de trajeto deste rio pode afeta outras regiões, a exemplo de Atalaia Nova.


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